A avó está a envelhecer depressa, disse-me num tom que tenta desdramatizar a coisa. É a vida, acrescentou. Desde então trago o coração apertadinho. A minha avó está a envelhecer depressa e eu não estou lá. O meu irmão galopa a adolescência e eu acompanho só de longe. A minha mãe enche-se de coragem para um novo ano e eu apenas lhe oiço os receios. O meu pai volta à rotina, oiço-lhe o desabafo mas não lhe dou alento ao jantar. A centenária da família acabou por ir e o meu abraço foi só virtual. O meu cãozinho teve pulgas que lhe fizeram alergia e não fui eu que o levei ao doutor. O dia da grande estreia é já na quinta-feira e eu não vou estar na primeira fila. Eu estou muito feliz aqui, mas não estou lá.
Para irem sabendo de mim...
23 setembro 2008
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3 comentários:
Deixa lá, não esta sozinha nessa teu pesar!
E' assim com todos nós, que estamos longe, a ver a vida passar no telefone e na internet.
Claro que também chorei... Mas, como diz a Inês, deixa lá - distância ou proximidade não é questão de geografia, é simplesmente uma questão de amor
Querida Vera,
nao ha longe nem distancia ja' dizia Richard Bach!!!
O coraçao vive apertado apertadinho embora feliz!
um xi-coraçao,
patricia
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