Para irem sabendo de mim...
31 janeiro 2007
O dia chegou
Por esta altura deve estar quase a chegar a Madrid. Saiu hoje de manhã com a ansiedade de vários meses e com o entusiasmo de estar a partir para o preâmbulo de vida nova. Daqui a nada vou lá ter, mas mesmo assim não me escapei da sensação de vazio quando fechei a porta.
30 janeiro 2007
Plural versus singular
Poderia enumerar um sem número de argumentos e desenvolvê-los indefinidamente, mas não é preciso. Basta-me lembrar um facto simples que todos sem excepção aceitam: trata-se de uma questão ética. Como tal, só cada pessoa no seu íntimo pode decidir e tomar a atitude que se lhe afigurar a melhor (ou a menos má). Porque acredito numa sociedade rica em éticas (notem o plural) e não baseasa numa moral imposta (notem o singular), só posso votar SIM.
23 janeiro 2007
Pseudodemocracia
De dia para dia me parece que o referendo que se aproxima não devia sequer existir. Já não consigo ouvir os argumentos do NÃO e parece-me que os movimentos do SIM não inisitem na questão essencial: a pergunta do referendo!!! De uma vez por todas o que se vai votar é: "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?" Ninguém nos está a perguntar se somos a favor ou contra o aborto ou se o fariamos em determinadas circunstâncias.
Estou farta desta campanha: eu não estou interessada em saber quais são os valores éticos do António e da Maria.
Não me querendo tornar arrogante, não consigo deixar de estar convicta de que não há nada a debater acerca da resposta à pergunta. Quem sou eu para apontar o dedo a quem opta por abortar?
Estou farta desta campanha: eu não estou interessada em saber quais são os valores éticos do António e da Maria.
Não me querendo tornar arrogante, não consigo deixar de estar convicta de que não há nada a debater acerca da resposta à pergunta. Quem sou eu para apontar o dedo a quem opta por abortar?
22 janeiro 2007
Contas à vida
O tempo vai realmente passando... A Dona Fernada completou este mês um século de vida! A minha avó já tem uns rijos 86, o meu avô conta com 79 (o que é isso para quem planeia chegar aos 120?!) e ontem festejámos os 74 da Guida. O meu pai está nos 57 e a minha mãe conta com uns leves 53. A Biba teve festa de arromba pelo quinquasésimo aniversário e à Miri já lá canta uma vintena! O meu irmão, o bebé rosado que nasceu noutro dia, passeia uns alegres 14! E a minha Ginjita linda conta 8 anos de puro mimo... Cá em casa temos 5 de diferença (que não se notam nada): eu sou uma miúda de 28 anos e o Ric um respeitável senhor de 33.
16 janeiro 2007
Sentimentalismos
Ontem foi dia de festa e foi também dia de revelação de tão laboriosa surpresa. Eu estava lá, mas não consegui ver a cara dela enquanto as caras da tela iam mudando. Garantiram-me que chorou e eu, piegas que sou, quase chorei também. De mim apareceu pouco. Ficaram a saber que a aniversariante é minha madrinha e minha tia (o que confirma o "veio ocupar o lugar da minha irmã" da minha mãe). Faltou ficar registado que é uma das referências da minha vida. Consciente ou insconscientemente a minha maneira de encarar a vida e os valores fundamentais que me dão rumo, também me foram transmitidos por ela.
De recordações (são tantas...) basta-me pensar que foi com ela que quis passar a noite quando a minha avó morreu. Dormimos as 3 na cama grande, apesar de haver uma cama vazia no quarto ao lado.
De recordações (são tantas...) basta-me pensar que foi com ela que quis passar a noite quando a minha avó morreu. Dormimos as 3 na cama grande, apesar de haver uma cama vazia no quarto ao lado.
13 janeiro 2007
Talvez se chamem experiências
Há coisas por que se passa na vida que são sofridas na altura, mas que, mais tarde, recordamos com prazer. Fará isto sentido? Poderá uma coisa ser boa só alguns anos depois de ter acontecido? Não falo dos sacrifícios que resultam em recompensas, mas dos sacrifícios que recordo com prazer.
Not possible
Para quê pensar na morte? Divagar, interpretar, adivinhar, comparar, filosofar, criar? Morre-se e pronto.
08 janeiro 2007
Indefinições interiores
Onde se traça a linha do "não tens nada a ver com isso"? Quando sinto um frio no estômago devo ter, não?
05 janeiro 2007
Venham as surpresas
Não faço balanços dos anos que chegam ao fim nem grandes planos para os anos que começam. Desta vez pus-me a pensar...O que eu mais gosto é de parar para pensar como está a minha vida nesse momento e de me aperceber que há um ano atrás não imaginava que ia estar assim. Gosto das surpresas que se atravessam no percurso, mais do que saber que atingi qualquer coisa muito planeada. Para 2007 as mudanças planeadas são muitas, mesmo muitas, mas fico à espera das surpresas.
03 janeiro 2007
Clique clique
Às vezes apetecia-me entrar no cérebro dos meus alunos e desencadear-lhes a sinapse que falta para perceberem o exercício que estou a explicar. Esforço-me imenso por explicar tudo de maneiras diferentes, para dizer as palavras todas com calma e demonstrar o raciocínio de forma muito clara e sucinta. Sei que há muitas coisas que eles só interiorizam se estudarem e pensarem por eles próprios, mas eu desbobro-me à mesma para lhes passar tudo como que por osmose. É que ainda me lembro bem do que é estar do outro lado e do prazer que dá quando se faz o clique e tudo passa a fazer sentido. Gostava que muitos cliques acontecessem na minha aula...
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