Para irem sabendo de mim...

26 abril 2007

Eating out

Gosto do copo de água com limão sempre cheio em todos os restaurantes e que me perguntem muito naturalmente se quero levar para casa o que não me coube na barriga. Gosto médio que me tragam a conta sempre sem eu a pedir (e muitas vezes quando ainda estou a comer). Não gosto nada que a tip constitua o grosso do salário dos empregados.

25 abril 2007

Um + na caderneta

Após os 2 emails com subject URGENTE a Maria veio a correr à minha procura. Fiz asneira...Não sei como, a impressora plotter (daquelas que imprimem em papel grande com formato de cartaz) passou o fim-de-semana a imprimir um mapa meu. Abri a porta da sala, o chão estava coberto de Atlânticos e Mediterrâneos, com os nomes das ilhas bem assinalados. Fui ao gabinete do chefe, com as bochechas as arder, pedi desculpa e expliquei que não fazia ideia de como tinha acontecido. Esperei uma resposta torta e talvez um ralhete, mas recebi sorrisos e um "don't worry, it happens sometimes". Embora sabendo que é um erro generalizar, hoje gosto da atitude americana. Vou assinalar um +!

Golden Gate


Dois dias antes do dia que dá nome à nossa ponte houve pescaria e churrasco muito perto da sósia californiana.

A Tese (com maiúscula)

Começa a ganhar forma. O plano está traçado e acabei hoje um dos capítulos da Introdução. Por agora estou entusiasmada com a escrita (vamos ver quanto tempo dura). O "parto" está marcado para Julho.

21 abril 2007

Começo

Apesar de os sonos ainda estarem trocados as coisas vão-se compondo. Temos casa escolhida e conta no banco. O Ric tem gabinete com ocean view. Hoje fazemos uma lista de mobílias e tralhas a comprar.
Tudo aqui parece fluir: desde as conversas com o gerente de conta no banco que é biólogo e treina uma equipa de voleibol onde joga uma portuguesa, até às visitas guiadas às nossas potencias casas com meninas de conversa bem treinada e que não sabem andar de saltos. O tempo vai fluindo também.

14 abril 2007

De cá e de lá

A questão da imigração saltou para a ribalta em Portugal a propósito do cartaz dos fascistas e da soberba resposta dos Gatos. Gostei do humor, mas principalmente de tal ter constituído um exercício de cidadania como notou o José Luís Peixoto.

Não tenho muito a dizer acerca das questões da imigração. Continuo a achar que cada um nasce no país em que nasce por acaso e custa-me que o meu vizinho do lado tenha direitos diferentes dos meus só por não ter nascido no mesmo ponto geográfico que eu. Também me incomoda ter que tratar de papelada com mais de três meses de antecedência para poder entrar num país e de ser interrogada acerca dos meus objectivos de vida (e de tudo o mais que lhes apetecer) para poder ter uma folha no meu passaporte que não me faça violar a lei pelo simples facto de permanecer nesse país.

Tenho-me lembrado muitas vezes de uma frase de Sócrates que lia todos os dias nos azulejos da estação do metro quando ia para a Faculdade : "Não sou nem ateniense nem grego, mas sim um cidadão do mundo."

10 abril 2007

Viagem (breve) ao passado

Encontramos-nos no cinema e depois do filme cada um vai para sua casa. Por uma semana e picos voltamos a ser namorados. Em breve retomaremos a vida a dois. As águas vão ser outras: trocamos o Atlântico pelo Pacífico.

05 abril 2007

É sempre bom saber

Segui para o café mais próximo, para galão e torrada, onde fiquei a saber que 59% das pessoas acreditam em amor à primeira vista (obrigada Nicola). Será que os inquiridos poderiam pôr a cruzinha no Não sei/Não respondo?

Da veia

Hoje em jejum, enquanto o sangue saía de mansinho da minha veia, a simpática e curiosa enfermeira comentou "então tem uma vida de estudo, e quando vai para fora fazer o seu doutoramento não trabalha". Tive que explicar: "Trabalho sim, o meu trabalho é investigar, não sou estudante". Seguiu-se um chorrilho de explicações num discurso automático de tantas vezes proferido por mim em particular e também por todos nós.

Já me tinha(m) identificado veia de contestatária (Mafalda, já somos duas), mas desta vez saiu-me literalmente da dita.

04 abril 2007

22 anos depois

Os duendes sabem muito porque estão muito atentos à vida.
Vera, 6 anos, num Jornal da Torre recordado ontem, com alguns dos da infância, passados mais de 20 anos.

Para quem não sabe importa referir que os duendes vão para o topo do monte esperar serenamente a morte quando se sentem velhinhos.