Para irem sabendo de mim...
30 julho 2009
Do livro (II)
Livro meu será necessariamente sofrido, nada de facilidades. Quero sua-lo. Pratico a escrita, experimento-lhe o gosto. As ideais espreitam subitamente. Tomo registo mental, escrevinho palavras-chave, deixo para depois. Há então que encadeá-las, dar-lhes forma e estrututa. Para tal nada como nadar. O estado líquido esvazia-me a mente, abstrai-me do tempo e as ideias começam a existir em palavras. Em dias especiais corro para casa e despejo-as no computador. Trechos que me apeteça irão aparecendo por aqui.
29 julho 2009
Rios
Corro-lhe as margens, pedalo-lhe os trilhos, deslizo-lhe sobre as águas calmas e entorno-me nelas em dias de vento. Charles, querido Charles! Olho-o de uma das suas pontes e impregno-me de sol de fim de tarde. Cumplicidade: reflexo das águas nos prédios, prédios espelhados nas águas. Lembro-me agora da luz do Tejo, quando o comboio lhe passava tangente, incansáveis ele e eu, todas as manhãs. Aquela curva entalada entre Caxias e Cruz Quebrada, o levantar dos olhos do livro só para ver a ponte pequenina lá ao fundo e o reflexo do sol na água. A baía de Paço de Arcos que se estende para nós, subtilmente salpicada de barcos pequenos de pescadores. Belém com a Torre. Mais barcos pequenos, estes à vela. Incansáveis, eu e os rios seguimos, diariamente.
28 julho 2009
Do livro (I)
Decido que gostava de escrever um livro. Um livro para mim. Um livro onde contasse a vida como ela é. A minha vida como foi e a vida que não tive. Contaria também a vida dos outros. Dos amigos que conheço tão bem, do direito e do avesso. Dos que não consigo ler, decifrar. Dos conhecidos, dos ilustres desconhecidos. Contarei a história de todos. Porque todos têm história e todas as histórias são dignas de contar. Um dia escrevo um livro. Vou dizer tudo o que tem que ser dito. Avivar as memórias, inventar o que já esqueci. O que não souber estará lá também. Um dia escrevo um livro, para dizer tudo o que não foi dito. Porque não é verdade que há muito que não é preciso dizer. Porque tudo tem que existir em palavras, mas há coisas que não conseguem ser ditas. Por isso escreverei, um dia.
20 maio 2009
Ao estilo de Cambridge (3)
O meu inglês está no seu melhor. Saem-me freaking awesome and shut the fuck up sem nem dar por isso.
19 maio 2009
Em tom já de despedida, tranquila por estar tudo bem, pede-me que pense nela de vez em quando. Prontamente, respondo que o faço todos os dias. Assegura-me que reza por mim antes de se deitar. Lembro-me que me disse uma vez o mesmo, em plena tempestade, uma pessoa querida. Não obstante a minha descrença, pudesse eu ter-lhes dado um abraço apertado...
14 maio 2009
Ir, ficar e voltar
A expectativa, os planos, a contagem decrescente. O lá, o novo, o deixar-me impregnar. O regressar, a familiaridade, casa. Não sei se gosto mais da partida, da estada ou da chegada.
29 abril 2009
Livro novo
Dois livros começados e não me entusiasmo por nenhum. Arrasto-me até ao montinho que trouxe pelo Natal. Passo-lhe os olhos na esperança de que uma lombada chame por mim. Escondido, quase me passa despercebido. Leio-lhe o título: As velas ardem até ao fim. Desperta-me. Dou início ao ritual. Folheio-o, cheiro-lhe o papel novo, espreito-lhe a última palavra. Decido-me. Surpresa das surpresas- traz dedicatória! Do peito sim senhora, risos e força, como em breve comprovarás, não têm faltado por aqui.
28 abril 2009
24 abril 2009
Três em linha
Boston, Glasgow, Milão. Três em linha. Muito disparate, muito desabafo, muito riso. Assim se passa revista à vida. Fazia-se tarde. Boston voltou às pipetas, Glasgow foi ver o refogado e Milão... talvez daqui a nove meses...
05 abril 2009
Escasseiam os chás
Desculpo-me com a falta de tempo ou até mesmo de vontade, mas o que me falha são palavras. Os posts andam-me pela cabeça. Anoto-os mentalmente ao longo do dia. Atrevo-me por vezes, mas nada parece passar o crivo... Fracasso passageiro ou morte anunciada?
26 março 2009
Desabafo de emigrante
Na azáfama do dia, chega-me um email da Netviagens com assunto Portugal em promoção. Eu compro!
02 março 2009
Afinal não estou nada mudada
Embirraram noutro dia que sou muito menina, que há que radicalizar. Desdobraram-se em desafios. Perdida de riso, declinei-os um a um. Não, não tenho paciência para festivais tipo Sudoeste, tão pouco me apanham no Burning Man, e também não topo nudismo com o pessoal do OEB. Yoga não é para mim, muito menos este power que combina posições estranhas com temperaturas de 40 graus numa sala minúscula (se não desmaiar com o calor, solto um protesto face aos gases corporais que me dizem libertar-se com frequência, ou desfaço-me num riso adolescente em resposta aos sons guturais de quem leva a coisa mesmo a sério). Fico-me pela múscia na Berklee ou NEC. Arte alternativa está ali mesmo à mão em NY. Quanto ao ar livre, mal posso esperar pela Singing beach (bikini on), continuo fã do hiking, mergulho aqui e ali e experimento o snowboard (já no próximo fim-de-semana). Asa-delta está na minha lista. Troco o yoga pelo pilates e intercalo com umas corridas por aí. Vale?
28 fevereiro 2009
24 fevereiro 2009
Who wants a spotless mind?
04 janeiro 2009
09 dezembro 2008
02 dezembro 2008
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